terça-feira, 7 de abril de 2009
A garganta berra
A garganta descansa. Será música o silêncio do som, sonho fecundo sem pensamentos... as estrelas não existem. Não existem mares, nem silêncio, não existe existência, eu lamento... só você existe, como única razão da razão, como um borrão no peito aberto, como uma cicatriz profunda entre meus lábios. Você, razão para minha loucura. É você o interminável porre de meus sentidos entorpecidos. Você o barulho, o medo, o pensamento... o improvável, o único, inadiável. Cão de seu domínio: meu coração é um segredo pra mim, um mistério em mim... eu continuarei, pois não me resta outra a não ser continuar, mas se sabia aonde ia, agora, nem sei saber, só a dor funde por não ser, como prova concreta de quem fui, levar a lembrança aberta, a garganta berra e você... você sequer vai ouvir...
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