Fui levado pra
além das saudades,
recinto que me esconde
os olhos encharcados
o soluço ininterrupto...
Pra além sou levado
à compaixão de mim
por você, triste,
mas não rebaixa senti-la,
porque não é piedade,
com paixão a sinto,
rasgando por dentro
o dentro mesmo
de nós mesmos...
Pra além das saudades,
desespero.
Tocar a lembrança
com a ponta dos dedos
desvanecendo o tempo,
somente a dor ampla de reter
a efêmera lembrança
que toca e vai embora,
rasgando o avesso de nós
nos nossos espelhos.
Fico preso,
pra além da saudade
desespera e por ser só ela
é que sou tão só...
Pra além da saudade
dorme o eterno
despertar da ausência
eterna, toda manhã desperta
você rasgando o universo
desde esse lugar que está
muito além das saudades.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Punk.
ResponderExcluiré isso.
ResponderExcluir